
As diferenças não separam a Alemanha da Espanha. As semelhanças tampouco as unem totalmente. Tão opostas e, ao mesmo tempo, quase irmãs gêmeas: combinação de histórias singulares, de trajetórias distintas, de estilo próprio, tudo direcionado ao sonho que envolve duas potências do futebol mundial. O planeta que trate de parar por duas horas nesta quarta-feira, porque os tricampeões mundiais duelam com a Fúria às 15h30m (de Brasília), no estádio Moses Mabhida, em Durban. Vale vaga na final da Copa do Mundo de 2010 para enfrentar a Holanda, que derrotou o Uruguai por 3 a 2 na primeira semifinal. Não era de se duvidar que uma seleção encantasse com dribles, com triangulações, com velocidade. Cabia à Espanha o papel de artista do Mundial. Mas foi a Alemanha quem encenou o estereótipo do jogo bonito. E ninguém questionaria que uma seleção venceria sempre no limite da necessidade, jogando o suficiente para seguir em frente, para manter viva a esperança. Era para ser a Alemanha, sempre pragmática, hoje encantadora. Acabou sendo a Espanha, antes encantadora, hoje pragmática.
Tão parecidas: meio-campo habilidoso, com Xavi e Iniesta de um lado, com Özil e Schweinsteiger de outro, cada qual com seu artilheiro, o fulminante Villa contra o oportunista Klose. Tão diferentes: Alemanha tricampeã mundial, Espanha eterna (será?) decepção. Algo parece unir essas duas seleções. Em 2008, final da Eurocopa, com título para a Espanha; em 2010, semifinal da Copa do Mundo, com todo um destino a ser escrito.
Por Alexandre Alliati e Marcos Felipe Direto de Durban, África do Sul
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