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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Federação precisa renovar a arbitragem


As críticas à atuação de Jailson Macedo Freitas no Ba-Vi de domingo – corretas ou não – serviram para reacender a discussão sobre o nível da arbitragem no Campeonato Baiano. As queixas do Vitória depois do clássico apenas endossam o coro dos insatisfeitos com o quadro de arbitragem da Federação Bahiana de Futebol (FBF).

As reclamações contra os “homens de preto” acontecem desde a primeira rodada do Campeonato Baiano deste ano. Quem iniciou as críticas acintosas foi o ex-técnico do Bahia Rogério Lourenço. “E, na minha opinião, ele errou muito contra o Bahia”, disse em referência a Diego Pombo, que atuou na estreia do tricolor, a derrota por 2 a 1 para o Serrano, em Vitória da Conquista.

Neste jogo, a diretoria do Bahia se queixou da não marcação de um pênalti em Boquita e da falta que origem o gol da vitória do Serrano. Reclamações também depois do empate em 3 a 3 com o Ipitanga. Na visão do clube, o árbitro Rodrigo Martins Cintra inverteu uma falta antes do gol tucano e ainda destaca que Sassá estava impedido quando marcou o segundo gol da equipe.

“É inadmissível que em dois dos três jogos do Bahia no Campeonato Baiano 2011, equívocos de interpretação aconteceram em lances que interferiram diretamente nos resultados finais das partidas”, dizia nota divulgada pela diretoria do tricolor para se queixar da arbitragem.

No Vitória, não foi apenas no clássico que houve reclamação. “Tenho visto alguns jogos do campeonato por aí e a violência impera. Isso não acontece em outros estados que trabalhei”, disse Antônio Lopes depois do empate com o Atlético de Alagoinhas.

A condução dos árbitros também foi assunto do técnico do Bahia de Feira, Arnaldo Lira, depois do confronto com o Fluminense de Feira de Santana. “O Fluminense bateu o tempo todo e só um zagueiro recebeu cartão amarelo. Quando acontece uma situação dessas, infelizmente, o jogo perde em termos de qualidade técnica e os árbitros precisam ser mais enérgicos”, disse o treinador que também reclamou da não marcação de um pênalti por parte do árbitro Clodoaldo Mendes da Anunciação.

As últimas polêmicas aconteceram no Ba-Vi de domingo. Enquanto o presidente do Bahia, Marcelo Guimarães Filho, elogiou o árbitro, o lado rubro-negro era só revolta. “Jailson é um juiz que eu não gosto. Desde 2006 que ele prejudica o Vitória. Ele caiu no sorteio e equilibrou o campeonato um pouco. Mas, nós vamos ganhar o campeonato”, prometeu o presidente Alexi Portela, sendo que, desde 2006, Jailson apitou três Ba-Vis com três triunfos do Vitória.

Árbitros serão avaliados hoje
Como de praxe, a comissão de arbitragem da Federação Bahiana de Futebol (FBF) vai se reunir hoje para avaliar o desempenho dos árbitros durante a última rodada. Como não poderia deixar de ser, o trio que atuou no Ba-Vi – Jailson Macedo, Luiz Carlos Silva Teixeira e Kleber Moradillo – terá atenção especial.
“A avaliação será feita pela comissão. Inclusive dois componentes estiveram no Ba-Vi.

Os erros aconteceram também em outros jogos, mas no Ba-Vi eles têm uma dimensão maior. Nós da Federação não ficamos confortáveis quando um clube reclama”, afirmou o presidente da FBF, Ednaldo Rodrigues.

Na visão do dirigente, a entidade vem fazendo uma renovação do quadro. Rodrigues citou Diego Pombo, Marilson Silva, Antônio Marcelino Belmonte e Florismar Costa de Jesus para comprovar a chegada de novos árbitros. “Só que tem de ser uma renovação com os pés no chão. Se com os nossos que estão aí está tendo problema, imagine com os novos?”, questionou. (RC)

Público continua decepcionando
A média de público do Campeonato Baiano melhorou na oitava rodada, mas continua longe do ideal. Com a ajuda do Ba-Vi, que teve 14.149 pagantes (quantidade bem abaixo da esperada) a rodada teve uma média de 5.407 pagantes nos seis jogos realizados no domingo.

O destaque negativo da rodada esteve no Estádio Pedro Amorim, em Senhor do Bonfim. Apenas 441 pessoas acompanharam a goleada do Juazeiro sobre o Fluminense por 5 a 2. “E desse total, apenas 16 pessoas compraram ingressos. Nós tivemos um gasto de R$ 6.380,00 para jogar ontem (domingo) em Senhor do Bonfim”, revelou o presidente do Juazeiro, Eládio Júnior.

O que fez o público da partida aumentar foi o número de ingressos trocados através do Programa Sua Nota É um Show. Foram, ao todo, 425 bilhetes através do benefício. “Esse já é um costume do torcedor baiano. Muita gente pode achar pouco R$ 10. Mas ninguém vai sozinho para o estádio, tem mulher, filho...”, opinou o presidente da FBF. (RC)

fonte tribuna da bahia

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