Obrigado, cara. Todo mundo passa por isso.” A voz cansada ao celular agradecendo os pêsames era do zagueiro Alison, ainda triste pelo tombo que a vida lhe deu. Na quinta-feira, 26, em Natal, o jogador sepultou o pai, que não resistiu a uma pneumonia e morreu no hospital.
Alison e o pai eram muito amigos, depôs Adson Gomes, empresário do melhor jogador do Baianão deste ano. “Ele estava muito triste, abalado. Muito mesmo. Depois da cerimônia falou que voltaria para Salvador”, disse o agente.
Alison isolou-se após o enterro. Nem mesmo Adson, que além de empresário é seu amigo, sabia seu paradeiro. “Perco um carro zero quilômetro se for para responder com certeza onde ele está. Continue tentando o celular de Salvador. Uma hora ele vai atender.”
As ligações se sucederem, e, enfim, o zagueiro atendeu no início da tarde do domingo, 29. Foi elegante, educado, mas também firme. “Olha, cara, não estou em condições de falar nada. Amanhã (hoje) me reapresento e a gente fala sobre qualquer assunto. Desculpe."
Dava para perceber que se soubesse tratar-se da imprensa, Alison não teria atendido à ligação: “Pelo menos você assistiu à derrota do Vitória para Icasa?” A resposta veio rápido. “Por favor, amanhã a gente conversa. Cedo estarei na Toca. Tchau”. Desligou a ligação.
Fonte Fernando Amorim/ Ag. A Tarde
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