
Wendel era mais um entre milhões de garotos brasileiros que sonham em se tornar um jogador de futebol. Ainda deu o primeiro passo ao conseguir um teste no Vasco, seu time de coração. Mas uma fatalidade interrompeu a trajetória e o impediu de repetir os feitos do ídolo Romário e realizar o sonho do irmão mais velho.
O menino já era considerado uma grande promessa do time Sub-15 nos três dias que estava no clube cruzmaltino para ser avaliado. Os mais felizes de sua vida. Segundo relatos de amigos próximos, ficou ‘deslumbrado’ ao conhecer São Januário, tirar fotos com os jogadores profissionais e até com um programa corriqueiro para muitas crianças: conhecer o zoológico no Rio de Janeiro.
Wendel chegou ao CT Pedrinho Vicençote, em Itaguaí-RJ, determinado a mostrar seu talento e atender o desejo do irmão mais velho, que está preso em Juiz de Fora-MG por envolvimento com drogas. O caçula não podia visitá-lo na cadeia, mas tinha uma ligação forte e não queria perder o contato. Por isso, mandava recados por meio do pai Antonio Carlos da Silva.
A morte ainda sem muitas explicações também impediu o jovem de traçar o caminho de Romário. Wendel era fã do baixinho e se assemelhava no estilo de jogo, na aparência e até na personalidade. Jogava como atacante, era artilheiro nos campeonatos que disputava e tinha fama até de marrento.
“Parecia mesmo com o Romário. Era baixinho, moreninho e marrento. Tinha dia que ele isolava a bola quando ficava nervoso. Mas era um menino muito bom. Eu mandava buscar e ele ia sem reclamar”, contou o técnico Marco Aurélio Ayupe.
Fonte Luiza OliveiraDo UOL, em São Paulo
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