
O Ministério Público de Minas Gerais quer mais transparência na arbitragem de futebol do Estado. Nesta terça-feira, o órgão entrou com pedido de liminar contra a Federação Mineira de Futebol e CBF (Confederação Brasileira de Futebol). O principal motivo do questionamento é o modelo utilizado no sorteios de árbitros para partidas de futebol. Atualmente, a escolha é feita com a participação de apenas dois árbitros, o que na visão do Ministério Público mineiro, caracteriza violação aos direitos dos torcedores.
"No início nove árbitros participavam dos sorteios. Esse número vem caindo desde então. Hoje, FMF e CBF colocam apenas dois árbitros nos sorteios. A maneira como o sorteio é realizado atualmente caracteriza violação aos direitos dos torcedores previstos nos artigos 30 e 32 da Lei nº 10.671/2003", explica o promotor de Justiça Edson Antenor Lima Paula.
Outra questão que incomoda o Ministério Público de Minas Gerais é a utilização de patrocínios nas camisetas utilizadas pelos trios de arbitragens no Campeonato Estadual.
"É possível afirmar que o patrocínio nos uniformes da arbitragem fragiliza a confiabilidade no profissional que apita um jogo de futebol, colocando, por conseguinte, a imparcialidade e a independência da arbitragem em risco. Isso ofende claramente a previsão legal contida no artigo 30 do Estatuto do Torcedor", destaca o promotor Edson.
Na Ação Civil Pública foi feito um pedido à Justiça para que não sejam veiculados patrocínios nos uniformes dos árbitros ou que, pelo menos, seja vedada a identidade de patrocinadores entre times de futebol e arbitragem. "Nos anos de 2010 e 2011, um dos patrocínios estampados nos uniformes era de uma instituição financeira (Banco BMG), que era a mesma que patrocinava (e ainda patrocina) clubes como o Clube Atlético Mineiro e Cruzeiro Esporte Clube", conclui o promotor.
Fonte Claudio Correa de Rezende Junior - Especial para o Terra
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