Acumulando as funções de presidente e jogador do Mogi Mirim, o pentacampeão Rivaldo anunciou neste sábado o fim de sua carreira.
O meio-campista postou uma mensagem nas redes sociais na qual agradece ao apoio recebido ao longo dos 24 anos de carreira.
Com a imagem, o agora ex-jogador divulgou uma foto com
os olhos inchados ao chorar no anúncio aos jogadores do Mogi Mirim e
escreveu um longo texto. Com
lágrimas nos olhos hoje gostaria de primeiramente agradecer a Deus,
minha família e a todos pelo apoio, pelo carinho que recebi durante
esses 24 anos como jogador. Hoje venho comunicar a todos os torcedores
do mundo que minha história como jogador chegou ao fim. Somente tenho
que agradecer pela linda carreira que construí durante esses anos. Foram
muitos os obstáculos, os desafios, renúncias, saudades, decepções,
porém foram muito maiores as alegrias, as conquistas, crescimentos,
mudanças.
Algumas vezes ensinando outras aprendendo, mas nunca
perdi meu foco, sempre com dedicação, determinação e direção de Deus.
Nesta longa jornada, muitas pessoas passaram pela minha vida, alguns por
um período, outros amigos que permanecem até hoje. Construí minha
carreira em cima de um milagre, saindo de Paulista, sem nenhum recurso
financeiro, sem empresário, incentivos apenas familiar, desacreditado
por médicos e técnicos, vi um sonho distante se tornar realidade. Com
persistência, dedicação e principalmente com a mão de Deus, cheguei a
ser reconhecido como melhor jogador do mundo, pentacampeão mundial,
entre muitos outros títulos importantes na história do futebol.
Entre troféus, medalhas, premiações e títulos , em
uma terra onde tudo se consome, deixo aqui uma história, talvez um
exemplo, mas com certeza um testemunho de que vale a pena crer e lutar. "
Todo atleta que está treinando aguenta exercícios duros porque quer
receber uma coroa de folhas de louro, uma coroa que, aliás, não dura
muito. Mas nós queremos receber uma coroa que dura para sempre". 1
Corintios 9:25
Do Santa Cruz ao pentacampeonato
O agora ex-meia tem 41 anos e deu adeus aos gramados
após dois jogos em 2014 pelo Mogi Mirim. Revelado pelo Santa Cruz em
1990, o defendeu chegou ao próprio Mogi em 1992. Comandado por Oswaldo
Alvarez, o time daquele ano contava com o trio Rivaldo, Valber e Leto,
chegando ao terceiro lugar do Campeonato Paulista com o chamado
“Carrossel Caipira”.
Fonte Terra
Depois de uma passagem discreta pelo Corinthians entre
1993 e 1994, Rivaldo reforçou o arquirrival Palmeiras, alcançando o
título brasileiro de 1994 – justamente diante dos corintianos – e o
paulista de 1996. Deixou o Parque Antártica para atuar no futebol
espanhol, ajudando o La Coruña a alcançar o terceiro lugar no Campeonato
Espanhol 1996/1997.
No final daquela temporada, trocou o clube galego pelo
Barcelona, no qual alcançou suas maiores glórias na carreira. Até deixar
o Camp Nou em 2002, foram dois títulos do Campeonato Espanhol
(1997/1998 e 1998/1999), uma Copa do Rei (1998) e uma Supercopa da
Europa (1997). Protagonista do gigante catalão, o pernambucano foi
escolhido pela Fifa o melhor jogador do mundo no ano de 1999.
Foi em 2002, seu último ano de Barcelona, que Rivaldo
conquistou seu principal título na carreira: a Copa do Mundo. Camisa 10
da Seleção Brasileira, ele foi um dos destaques do time comandado por
Luiz Felipe Scolari. Quatro anos antes, o meia havia sido vice-campeão
mundial, na Copa do Mundo vencida pela França em casa.
Ao deixar o Barcelona em 2002, Rivaldo iniciou uma
trajetória por diversos clubes, sem o mesmo protagonismo: Milan (2002 a
2004), Cruzeiro (2004), Olympiakos (2004 a 2007), AEK Atenas (2007 a
2008), Bunyodkor-UZB (2008 a 2010), São Paulo (2011), Kabuscorp-ANG
(2012) e São Caetano (2013). Em 2014, atendendo a um apelo antigo da
torcida, voltou ao Mogi para disputar o Campeonato Paulista. Ali, enfim,
pendurou as chuteiras.
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