Leonardo da Mata Santos é o mais recente integrante de uma
estatística assustadora. O palmeirense, que perdeu a vida após uma tentativa
malsucedida de emboscada contra santistas na Rodovia Anchieta, foi a 13ª vítima
ligada ao futebol em 2014.
Com a morte do
jovem, de apenas 21 anos, o estado de São Paulo se consolida com o lamentável
1º lugar entre os mais violentos do ano, com quatro mortes. Pernambuco e
Paraíba, com duas vítimas ligadas ao futebol, vêm atrás. Os estados de Santa
Catarina, Goiás, Bahia, Pará e Sergipe registraram uma morte nesta temporada.
Chama atenção
que, das quatro vítimas paulistas, três foram consequência de emboscadas. Além
de Leonardo, os outros dois que perderam a vida por meio dessa prática nefasta
de violência são: Márcio Barreto de Toledo, santista, de 34 anos, massacrado
por são-paulinos na zona leste da capital, e Gilberto Torres Pereira,
palmeirense, de 30 anos, que apanhou de um grupo de corintianos na estação de
trem de Franco da Rocha, região metropolitana de São Paulo.
Robson Oliveira
João, de 36 anos, foi a única morte ligada ao futebol no estado de São Paulo
sem emboscada. O torcedor morreu após uma discussão num bar de São Vicente
(SP). Robson levou um tiro de um policial militar que, fora do horário de
trabalho, se irritou quando foi chamado de "bambi". Os dois assistiam
pela televisão a partida entre São Paulo e Flamengo, pelo Brasileirão.
Pelo Brasil,
três das mortes registradas em 2014 chamaram mais atenção e ganharam espaço na
mídia nacional. João Augusto Grah, de 27 anos, torcedor do Avaí, atingido por
uma pedra quando voltava de ônibus para Florianópolis; Paulo Ricardo Gomes da
Silva, de 26 anos, torcedor do Sport, atingido por um vaso sanitário jogado do
anel superior do estádio do Santa Cruz, e Evandro Rodrigues Cavalcante, de 37
anos, torcedor esmeraldino, mais uma vítima da guerra entre facções de Vila
Nova e do Goiás.
Em tempo: o
palmeirense Leonardo da Mata Santos foi a 251ª vítima ligada ao futebol desde o
registro da primeira, que foi a de Cleo Sóstenes Dantas da Silva, torcedor do
Palmeiras, em outubro de 1988. Cleo foi presidente da maior uniformizada do
clube alviverde.
Foto: Daniel Sobral/ Futura Press
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