
A perspectiva de o
técnico Vagner Mancini manter o mesmo time que bateu o Flamengo de Guanambi por
3 a 0 e classificou o Vitória à semifinal do Campeonato Baiano gera sentimentos
contraditórios no volante Amaral. Por um lado, sua posição na equipe parece
cada vez mais incontestável. Por outro, ele se torna o único titular de linha
que nunca marcou gol pelo Leão.
A única mudança
certa para pegar a Juazeirense, fora de casa, no domingo, pelo primeiro duelo
da semifinal, será a volta do goleiro Fernando Miguel, que havia ficado fora de
quatro jogos por uma lesão muscular. Caíque, que havia entrado no lugar e dado
conta do recado, será desfalque, pois se apresenta domingo à seleção brasileira
sub-20.
O técnico Vagner
Mancini não quer revelar a escalação. Porém, é grande a chance de o time de
linha seguir com José Welison, Victor Ramos, Ramon e Diego Renan; Amaral,
Marcelo e Leandro Domingues; David, Kieza e Marinho.
Toda a turma já
marcou com a camisa rubro-negra. A exceção é Amaral, que admite ansiedade:
"Sei que estou devendo à própria torcida, ao time e ao treinador. Quando o
gol sair, vou dar a ele o apelido de pit bull [como Amaral é chamado no Vitória
pela força na marcação] . E vai ter comemoração especial, podem ter
certeza".
Para a partida em
Juazeiro, Mancini tem duas dúvidas. Maicon Silva e Willian Farias se
recuperaram de contusão e lutam para retomar as respectivas vagas de José
Welison e Marcelo. Maicon havia sido desfalque por três jogos e Willian por um.
A dupla
também não marcou pelo Leão. Porém, tem uma desculpa. Os dois foram contratados
somente em janeiro deste ano. Maicon Silva e Willian Farias só
fizeram, respectivamente, cinco e sete jogos pelo Rubro-Negro.
Longa carreira
Já Amaral tem 58
partidas em um ano e três meses de Vitória. E a escassez de gols, vale dizer,
sempre o acompanhou em toda a carreira. Às vésperas de completar 28 anos (no
dia 1º de maio), nove como profissional, o volante só contabiliza dois tentos.
"O próprio Mancini já me pediu esse gol pelo Vitória. Eu digo: professor,
está demorando, mas acho que é porque meu gol vai sair na hora certa",
afirma.
A frase possui
respaldo. A primeira vez que ele balançou as redes foi em 2010, na
Segunda Divisão do Rio de Janeiro, pelo Quissamã. A outra foi inesquecível. No
jogo de ida da final da Copa do Brasil de 2013, em Curitiba, o Flamengo levava
1 a 0 quando Amaral soltou um foguete no ângulo e empatou o jogo. Na volta, no
Maracanã, o time carioca fez 2 a 0 e conquistou a taça.
Enquanto o gol pelo
Vitória não chega, o nome 'pit bull' fica apenas para suas características de
marcador implacável. Amaral divide os elogios com os colegas. "O
importante é ter determinação e estar sempre preparado para fazer o que o
treinador pede. Vejo todo o elenco assim. Por isso, estamos subindo de produção
e atingindo um grande nível".
Números do time de linha no Leão
José Welison
- 50 jogos e 4 gols
Victor Ramos
- 127 jogos e 7 gols
Ramon - 51 jogos e 3 gols
Diego Renan - 42 jogos e 6 gols
Amaral - 58 jogos e nenhum
gol
Marcelo - 30 jogos e 1 gol
Leandro Domingues
- 198 jogos e 58 gols
David - 27 jogos e 3
gols
Kieza - 1 jogo e 1 gol
Marinho - 6 jogos e 2 gols
Por Fonte Ricardo Palmeira
Foto Adilton Venegeroles l Ag. A TARDE
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