Em jogo cheio de lances polêmicos e
decisões contestáveis do árbitro, o Vitória ficou muito perto de conquistar,
nesta quinta-feira, 9, um triunfo fora de casa na superação após perder Euller,
expulso injustamente, nos acréscimos da primeira etapa.
Com o tempo regulamentar já esgotado, Nenê marcou de
pênalti e definiu o placar de 1 a 1 que dá ao Vitória a condição de começar o
jogo de volta, na próxima quinta no Barradão, momentaneamente classificado à 4ª
fase da Copa do Brasil – serve ao time o empate por 0 a 0 e qualquer triunfo.
O jogo
Duas
partes diferentes dividiram o primeiro tempo em São Januário. A metade inicial
foi de intensidade, muita disputa, três cartões amarelos distribuídos e sessões
de desentendimentos entre os jogadores, com direito a empurra-empurra.
Neste
cenário, o Vasco atuou ligeiramente melhor. Tanto que quase abriu o placar com
Thalles aos 21 minutos. Ele testou para boa defesa de Fernando Miguel após bela
jogada de Nenê, que entortou Willian Farias.
No
restante da primeira etapa, a partida ficou mais cadenciada. E vinha se
desenhando de forma favorável ao Vitória, que levou perigo em dois lances de
lançamento longo. Aos 34, Cleiton Xavier encontrou Kieza na entrada da área. O
centroavante ajeitou de peito e Paulinho mandou um petardo que raspou a trave
de Martín Silva.
Seis
minutos depois, foi a vez de Paulinho acertar o pé. O problema foi que Gabriel
Xavier, na hora de arrancar para o gol, adiantou demais a bola e perdeu a
oportunidade.
Bem
postado atrás e com chegadas esporádicas, o Leão via para o tempo
complementar um bom horizonte. Este, porém, encheu-se de nuvens pesadas quando,
já nos acréscimos, Euller acabou expulso pelo segundo cartão amarelo. Na
disputa, o vascaíno Kelvin driblou o lateral rubro-negro e se jogou sem ao
menos ter sido tocado pelo rival.
Injustiça
à parte, seria preciso tentar a superação no segundo tempo para não voltar do
Rio com um resultado ruim. E essa busca começou com a substituição no intervalo
do atacante Paulinho, em ascensão no Vitória, pelo lateral esquerdo Geferson.
A ideia
clara era recompor o sistema defensivo, mas foi justamente por aquele lado que,
logo aos dois minutos, o Vasco quase balançou a rede. Nenê avançou pela direita
e tocou para Thalles isolar. Recém-entrado, Geferson ainda levou cartão três
minutos depois.
A
situação não era nada animadora, mas aos poucos o Rubro-Negro foi acalmando a
partida. E sorriu – aliás, gargalhou – quando, aos 23 minutos, Manga Escobar
deu uma de ‘mamão’ e cometeu pênalti ridículo. Em dividida com Kanu na área
defensiva, o colombiano caiu e, pensando que o juiz daria a falta sobre ele,
colocou a mão na bola. Esta, porém, foi colocada na marca da cal, e Patric
balançou a rede com uma bomba.
O gol fez
fechar o tempo em São Januário. A torcida pedia a saída do técnico Cristóvão
Borges e vaiava a equipe, que pouco produzia. Nos acréscimos, entretanto, veio
o castigo para o Vitória, que se comportava de maneira exemplar com um atleta a
menos. David derrubou Nenê próximo à risca da área e o árbitro apontou o pênalti.
O mesmo Nenê converteu a cobrança, mas não chegou a amenizar o ‘climão’. Apenas
deixou a decisão em aberto para a partida decisiva na casa do Leão, que não
deixou de comemorar o resultado.
Vasco 1 x
1 Vitória - Jogo de ida da Copa do Brasil
Local: Estádio São Januário, no Rio de
Janeiro (RJ)
Quando: Quinta-feira, 9, às 16h15
Gols: Patric, aos 23’ do 2ºT
Público: 9.266 pagantes
Renda: R$ 327.025,00
Árbitro: Elmo Alves Resende Cunha (GO)
Assistentes: Fabricio Vilarinho da Silva
(Fifa-GO) e Leone Carvalho Rocha (GO)
Cartões
amarelos: Gilberto, (Vasco); Willian Farias, Paulinho, Geferson, Kanu (Vitória)
Cartão
vermelho: Euller, por ter recebido dois cartões amarelos (Vitória)
Vasco - Martin Silva; Gilberto,
Rodrigo, Rafael Marques (Jomar) e Henrique; Jean, Escudero (Manga Escobar),
Douglas e Nenê; Kelvin (Muriqui) e Thalles. Técnico: Cristóvão Borges.
Vitória - Fernando Miguel; Patric, Kanu,
Alan Costa e Euller; Willian Farias, José Welison, Gabriel Xavier (Bruno
Ramires) e Cleiton Xavier (David); Paulinho (Geferson) e Kieza. Técnico: Argel
Fucks.
Por Daniel Dórea/ Atarde
Foto Marcello Dias l Futura Press l Estadão Conteúdo
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