Uma pisada no pé. Cara de choro. Outra
dividida. Pede atendimento médico. Um tropeço. Conserta a chuteira. Na última
partida, diante do Vasco, vimos o centroavante Rodrigão brigar mais contra sua
lesão no pé do que propriamente pela busca do gol. O resultado dessa desventura
foi o terceiro jogo consecutivo sem balançar a rede.
Para escapar do “chato” jejum, como classifica o próprio,
Rodrigão pode usar como alento a possível abertura de um novo ciclo. Logo que
chegou ao Bahia, ele marcou quatro gols em suas três primeiras partidas como
titular. A pequena seca apareceu a partir do quarto jogo e se estendeu até o
sexto, contra o Cruzmaltino. O atacante, agora, tenta repetir o desempenho
inicial a começar pelo duelo deste domingo com o Botafogo, às 16h, na Fonte
Nova.
“É chato ficar sem fazer gols. Mas estou com a cabeça tranquila,
de gelo, treinando firme e forte que os gols virão de forma natural. Tenho mais
uma oportunidade no domingo”, projeta, esperançoso. Uma coincidência é que, nas
suas três partidas sem marcar, o colombiano Mendoza, que ainda não havia feito
gol pelo Bahia, estufou a rede quatro vezes: “É um cara excelente. Tinha uma
pressão grande nele porque não estava fazendo gol. Acho que eu trouxe sorte pra
ele. Fez gol domingo, e a vontade dele é fazer gol de novo, como eu também”.
Sobre o problema físico que tem se apresentado nos jogos –
decorrente de uma luxação num dos dedos do pé esquerdo sofrida logo na estreia,
e que o tirou de combate nas três partidas seguintes – Rodrigão admite o
incômodo. E reclama da postura de um dos seus marcadores no embate com o Vasco,
o zagueiro Rafael Marques. “Ele pisou no meu pé, pediu desculpas, eu disse que
estava tranquilo. Mas ele queria me tirar do jogo de qualquer jeito. Acho que
eu estava incomodando bastante, né?”, ri.
Outra queixa, compartilhada por colegas de grupo, é quanto ao
gramado da Fonte Nova, visivelmente irregular: “A gente quer que o gramado
esteja em perfeita condição. A gente vem há muito tempo reclamando. O gramado
está muito alto. A gente vai para mostrar um grande futebol. Tem que ser
cortado do jeito que a gente quer”.
Foto Felipe Oliveira l EC Bahia
Por Daniel Dórea/ Atarde
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