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segunda-feira, 18 de junho de 2018

Empate na estreia coloca à prova mantra do "psicólogo" Tite na Seleção



Tite tem alguns mantras na seleção brasileira, e um deles diz respeito à cabeça do grupo. Seus alertas para a relevância da questão psicológica são tão recorrentes que o termo “mentalmente forte” virou até hashtag. Justamente esse aspecto estará posto à prova nos próximos dias, depois do empate com a Suíça na Copa do Mundo.

Não transformar o 1x1 num bicho de sete cabeças é o desafio. O resultado não foi nenhum desastre, inclusive para as pretensões de classificação, mas a equipe, sob comando do técnico, até então não havia passado por frustrações. Lidar bem com isso é uma missão que o lado psicólogo de Tite começou a trabalhar já no vestiário da Arena Rostov, minutos depois do jogo.

Curiosamente, numa Seleção que prioriza tanto a força mental não há lugar para um psicólogo especialista. É o próprio treinador quem assume esse papel numa comissão técnica turbinada, principalmente, por mais analistas de desempenho e fisioterapeutas do que em outros tempos.

Isso tudo é passado pelo Tite, conversado, talvez seja um dos grandes pontos fortes dele, saber trabalhar a cabeça do atleta. Ele sempre falou em estar mentalmente forte e jogar em alto nível, preparar para todas as situações do jogo. Num campeonato de tiro curto, temos de estar preparados para tudo. Hoje podíamos ter perdido o jogo – ponderou Renato Augusto, um dos que mais conhecem os métodos do técnico, desde os tempos de Corinthians.

O Tite é um bom psicólogo – sintetizou o chefe em Moscou, no fim do ano passado, na véspera do sorteio que definiu os grupos da Copa do Mundo.

Por Alexandre Lozetti, Edgard Maciel de Sá e Tossiro Neto, Sochi, Rússia
Foto Lucas Figueiredo/CBF



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