Tite tem alguns mantras na seleção brasileira, e um deles diz
respeito à cabeça do grupo. Seus alertas para a relevância da questão
psicológica são tão recorrentes que o termo “mentalmente forte” virou até
hashtag. Justamente esse aspecto estará posto à prova nos próximos dias, depois
do empate com a Suíça na Copa do Mundo.
Não transformar o 1x1 num bicho de sete cabeças é o desafio.
O resultado não foi nenhum desastre, inclusive para as pretensões de
classificação, mas a equipe, sob comando do técnico, até então não havia
passado por frustrações. Lidar bem com isso é uma missão que o lado psicólogo
de Tite começou a trabalhar já no vestiário da Arena Rostov, minutos depois do
jogo.
Curiosamente, numa Seleção que prioriza tanto a força mental
não há lugar para um psicólogo especialista. É o próprio treinador quem assume
esse papel numa comissão técnica turbinada, principalmente, por mais analistas
de desempenho e fisioterapeutas do que em outros tempos.
Isso tudo é passado pelo Tite, conversado, talvez seja um dos
grandes pontos fortes dele, saber trabalhar a cabeça do atleta. Ele sempre
falou em estar mentalmente forte e jogar em alto nível, preparar para todas as
situações do jogo. Num campeonato de tiro curto, temos de estar preparados para
tudo. Hoje podíamos ter perdido o jogo – ponderou Renato Augusto, um dos que
mais conhecem os métodos do técnico, desde os tempos de Corinthians.
O Tite é um bom psicólogo – sintetizou o chefe em Moscou, no
fim do ano passado, na véspera do sorteio que definiu os grupos da Copa do
Mundo.
Por Alexandre Lozetti, Edgard Maciel de Sá e Tossiro Neto,
Sochi, Rússia
Foto Lucas Figueiredo/CBF
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