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sábado, 28 de janeiro de 2012

Relembre Zé Roberto e outros casos de racismo no futebol gaúcho


O futebol gaúcho carrega em sua história diversos episódios de racismo que remetem ainda à primeira metade do século passado, quando atletas negros eram proibidos de jogar no Internacional e Grêmio, o que originou a Liga dos Canelas Pretas, um campeonato paralelo realizado em Porto Alegre. Com o tempo, o time tricolor, até por suas origens, assumiu a postura de equipe dos descendentes de europeus, enquanto o rival colorado virou o time do povo. Apesar de fazer parte do passado, as ofensas persistem nos cânticos, nos quais os torcedores do Inter são chamados de "macacada", além de episódios de racismo dentro e fora dos campos contra jogadores de ambos os times.

Em entrevista durante a apresentação no Bahia, nesta semana, o meia Zé Roberto disse que deixou o Internacional, time com o qual tinha contrato até 2013, porque seu filho foi vítima de racismo na escola. "Eu não gosto nem de falar muito sobre isso. Mexeu muito comigo, com a família. Foi o que mais fez com que eu deixasse o Inter", confessou. Na final do Campeonato Gaúcho de 2011, o jogador foi alvo de outra manifestação racista, quando a torcida gremista imitou o som de macacos ao ouvir o seu nome durante uma substituição.

O meia Tinga também sofreu o mesmo tipo de ataque em 2006, em um jogo do Internacional contra o Juventude, pelo Brasileiro. Cada vez que pegava na bola, a torcida imitava o som de macaco. Hoje, ele prefere não falar mais sobre o episódio. Jogadores gremistas também já foram alvo de racismo. Ainda em 2006, Jeovânio Rocha do Nascimento foi alvo de uma ofensa racista após uma entrada forte do então zagueiro do Juventude Antônio Carlos, que deixou o campo esfregando a mão no braço, referência racista à cor da pele do adversário. Hoje no Santa Cruz, o jogador prefere não falar mais sobre ao assunto.

'Preto filho da p****'
A frase acima foi a ofensa racista ouvida pelo jogador Glauco Simonelli Venancio, quando defendia o Ypiranga de Erechim (RS), após pedir a bola do gandula em uma partida contra o Santa Maria. "Estávamos perdendo o jogo por 3 a 2. Quando eu fui pedi a bola para o gandula, ele não queria dar, daí eu falei pô, me dá rápido, então o preparador de goleiros estava do outro lado da grade daí ele falou: 'preto filho da p***' e me chamou ainda de macaco".

Foto: Esporte Clube Bahia/Divulgação Daniel Favero Direto de Porto Alegre/terra

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