O "Maracanazo" foi trágico; o "Minerazo", a maior vergonha da história centenária da seleção brasileira. Acabou nesta terça-feira, em Belo Horizonte, a segunda chance da seleção brasileira ganhar uma Copa do Mundo em casa.
E sem o drama de 64 anos atrás, quando perdeu de virada para o Uruguai. Agora, o carrasco foi a Alemanha, que massacrou o time de Luiz Felipe Scolari por 7 a 1, na pior derrota da história da seleção brasileira. Foram cinco gols apenas nos 29 minutos iniciais, em um confronto que mais parecia um duelo entre profisssionais e jogadores amadores, dada a disparidade técnica, física e tática.Em 1950, a culpa quase toda caiu no goleiro Barbosa, por uma falha discutível. Agora, não faltam responsáveis por tamanho vexame, e vai soar ridículo colocar toda a culpa nos desfalques do lesionado Neymar e do suspenso Thiago Silva.
Felipão montou um time que arma seu jogo com chutões de zagueiros, sem variações táticas e que ainda apela às faltas para marcar o rival. Ele e seu coordenador, Carlos Alberto Parreira, pressionaram ainda mais os jogadores ao dizerem que o Brasil já estava "com uma mão na taça" antes e durante o Mundial.
Em campo, Fred foi um centroavante de um gol em seis jogos. Os veteranos da lateral direita, Daniel Alves e Maicon, não marcavam nem atacavam. O meio-campo foi um setor inexistente. Hulk completou seu décimo jogo oficial pela seleção principal sem marcar um gol. Fora de campo, a CBF bancou os treinos na Granja Comary, sem privacidade para treinos secretos, mas com convidados de patrocinadores nas arquibancadas.
Para os alemães, o triunfo significou a passagem para a oitava final de Mundial, o que o Brasil também buscava. O adversário para a decisão, domingo, no Maracanã, será definido na partida entre Argentina x Holanda, na Arena Corinthians, nesta quarta-feira.
Neymar, fora por fratura na vértebra, foi lembrado pelos companheiros. Na execução do hino nacional, o capitão David Luiz exibiu a camisa 10 do companheiro.
O Brasil começou o jogo com uma surpresa. No lugar do machucado Neymar, nada de Willian para cadenciar o meio-campo ou Paulino para deixar o time com três volantes. Luiz Felipe Scolari ousou e escalou Bernard, deixando o time com a mesma característica tática Na vaga do suspenso Thiago Silva, entrou quem era esperado: Dante.
No lado alemão, Joachim Low manteve Klose, dando ao veterano atacante a chance de se isolar como o maior artilheiro das Copas, deixando Ronaldo para trás.
A ideia de Felipão era atacar a Alemanha. No início, e só no início, isso funcionou. O Brasil partiu para cima e marcava o rival no campo dele. Mas não demorou para os europeus começarem a tocar a bola e diminuir a velocidade do jogo, que aos 10min já era equilibrado. E menos ainda para sair o primeiro gol.A humilhação não tinha fim. Aos 34min, Schuerrle chutou cruzado para marcar o sétimo. O Mineirão, que poupava Felipão dos xingamentos, resolveu aplaudir. E começou a gritar olé nas trocas de bola dos alemães. Alguns ainda comemoraram o gol de honra dos brasileiros, aos 45min, com Oscar.
A seleção brasileira embarca ainda nesta terça-feira para Teresópolis, sua base de treinos durante toda a Copa do Mundo. Deve ficar lá até sexta-feira, quando viaja para Brasília, palco da disputa do terceiro lugar. Os alemães também retornam hoje para sua casa durante o Mundial, no litoral da Bahia.
Fonte esportes.br.msn
Por Ligeirinho No Esporte
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