O herói da fuga contra o rebaixamento do Botafogo em 2009 virou vilão em 2014. Em sete jogos desde que voltou ao clube, Jobson ainda não desencantou. Pior: desperdiçou um pênalti na noite desta quarta-feira, em São Januário, quando o placar ainda estava em branco. Melhor para o Figueirense, que deu de ombros para a situação delicada do adversário na tabela e soube aproveitar o nervosismo dos cariocas para vencer por 1 a 0, gol de França, diante de 7.406 pagantes (8.250 presentes). Resultado que praticamente tirou os catarinenses, com 43 pontos, da briga contra a degola e multiplicou o drama botafoguense, com 33, afundado no Z-4 a três rodadas do fim do Campeonato Brasileiro. A renda da partida foi de R$ 65.765,00.O Figueirense, que já eliminou o Botafogo de uma semifinal de Copa do Brasil no Maracanã, em 2007, confirmou a fama de carrasco do Alvinegro carioca no Rio de Janeiro: conquistou agora o quinto triunfo em nove partidas disputadas na cidade pelo Brasileirão, somando ainda três empates e só uma derrota.
As duas equipes voltam a campo no domingo contra adversários
diretos na briga contra o
A boa movimentação de Jobson nos primeiros 45 minutos fazia
dele a maior esperança do Botafogo para a etapa final. A confiança era tanta em
voltar a ser o herói na fuga do Z-4 que, ao ver o árbitro marcar pênalti no
toque de mão Cereceda na área, pediu a bola. Mas a cobrança levantou areia em
vez da torcida, fez a bola sair por cima do travessão, e transformou o atacante
em vilão.
Principalmente porque três minutos depois aconteceu o
castigo. O Figueirense, que cresceu no jogo e já havia obrigado Jefferson a
fazer um milagre na cabeçada de Marcão, chegou ao gol com França, também pelo
alto. O volante apareceu atrás da zaga e mandou no cantinho, aos seis minutos,
fazendo seu primeiro gol no Brasileiro - feito que Jobson também poderia ter
alcançado.
Ao ser substituído, aos 29, recebeu um mar de vaias. Mas não
só ele. Bolatti e Murilo experimentaram da mesma fúria dos botafoguenses em São Januário. Os
promovidos por Vagner Mancini, Yuri Mamute, Gegê e Zeballos, passaram longe de
ser a solução. E o Botafogo se viu vítima do próprio nervosismo. Mesmo com
amplo domínio da posse de bola, 67% contra 33%, viu o Figueirense segurar com
unhas e dentes o placar favorável e ainda ficar mais perto de fazer o segundo
do que sofrer o empate. Nos acréscimos, a torcida trocou os protestos para
cantar o hino do clube, numa espécie de força para superar um drama que ganhou
contornos de impossível.
FONTE GloboEsporte.comRio de Janeiro
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