Solte o grito, torcedor tricolor: depois de 15 anos, o Bahia
é o Senhor do Nordeste outra vez. O triunfo conquistado diante do Sport, na
noite desta quarta-feira, fez vibrar uma Arena Fonte Nova completamente lotada.
O Tricolor é o campeão da edição de 2017 da Copa do Nordeste, coisa que não
acontecia desde 2002, quando a equipe, em dois jogos, bateu o rival Vitória e
conquistou o torneio. É o tricampeonato do Bahia.
Em 2002, o Tricolor foi campeão após vencer o Vitória na
antiga Fonte, por 3 a 1, e depois empatar em 2 a 2 no Barradão. Aquele time
contava com o trio de ataque formado por Nonato, Sérgio Alves e Robgol. Um ano
antes, o Bahia faturava o seu primeiro título diante do mesmo Sport desta
noite: 3 a 1 na Fonte Nova – naquela época, o título era decidido em jogo
único.
O troféu da edição de 2017 fica com aquela que foi a melhor
equipe ao longo da competição. Somando a fase de grupos e a de mata-mata, o
Bahia somou 28 pontos contra 20 do Sport. Em 12 partidas disputadas, foram oito
triunfos, três empates e apenas uma derrota - para o Vitória na primeira
semifinal.
Na primeira fase, o Bahia caiu em um grupo relativamente
tranquilo, que contava apenas com o Fortaleza como rival de grande tradição
regional. O Tricolor empatou e venceu o Altos, do Piauí, empatou e venceu o
Fortaleza e venceu duas vezes o Moto Club. Primeiro colocado geral da fase de
grupos, o Bahia encarou o Sergipe nas quartas de final e passou com
tranquilidade: vitória por 4 a 2 no Batistão e por 3 a 0 na Fonte Nova.
Nas semifinais, o duelo mais esperado: duas partidas contra o
rival Vitória. Na primeira, em um jogo recheado de polêmicas, o Bahia saiu na
frente com Edson, mas teve Gustavo expulso e levou a virada no Barradão. O
Tricolor reclamou bastante, colocou pressão para cima da arbitragem e colocou
gasolina para o jogo da volta.
Na Fonte Nova, o Bahia realmente entrou pegando fogo e venceu
com autoridade o maior rival por 2 a 0, com gols de Allione e Régis [expulso
após comemorar o gol na torcida], conquistando a vaga para a final. Depois do
apito final, cenas lamentáveis: jogadores se envolveram em uma confusão
generalizada iniciada por Edson, Renê Santos e Argel Fucks, que seria demitido
no dia seguinte.
Cercado de expectativa, o primeiro encontro com o Sport foi
marcado por nova polêmica em relação à arbitragem. O Bahia foi superior, saiu
na frente com gol de Juninho, mas acabou levando o empate. Jogadores, diretoria
e comissão técnica reclamaram bastante de um gol legal mal anulado e de um
escanteio inexistente que originou o gol de empate.
Na partida decisiva, um Bahia seguro em campo soube dominar o
Sport e, com o apoio de mais de 40 mil tricolores, não deixou dúvidas: era o
melhor do Nordeste. Com gol de Edigar Junio e atuação coletiva consistente, o
Tricolor fechou a competição com chave de ouro.
Torcida, defesa e Régis
A campanha tricolor foi construída a partir de muita solidez
defensiva, com direito a boas atuações de Régis e apoio incondicional da
torcida na Arena Fonte Nova. No quesito defesa, foram 14 gols sofridos em 29
partidas na temporada; pelo Nordestão, 12 jogos e cinco gols sofridos.
Régis, artilheiro do Bahia no ano com 11 gols, foi também o
maior goleador da competição regional: anotou seis tentos. Na dúvida, ainda tem
Hernane na conta do Bahia: vice-artilheiro do Nordestão, ao balançar as redes
adversárias em cinco oportunidades.
E a torcida, hein? Recorde de público na decisão desta
quarta-feira: 40.738 pagantes na Arena Fonte Nova. No Nordestão, o Bahia teve
média de cerca de 12 mil torcedores por jogo em casa, com destaque para o Ba-Vi
das semi, que teve quase 35 mil pessoas no estádio e recepção calorosa ao
ônibus tricolor na entrada da Arena.
(Foto: Marlon Costa / Pernambuco Press) (Foto: Agência
Estado)
Por G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário