Experimente esta combinação: defensores distraídos e atrapalhados contra um artilheiro rápido e esperto. O resultado só poderia ser goleada a favor do time de Neilton, o Vitória, que aproveitou, nesta quinta-feira, 15, as 'bragas' do Bragantino para vencer por 3 a 0 e garantir vaga na quarta fase da Copa do Brasil – na ida, os paulistas haviam feito 1 a 0.
O autor dos três gols, todos decorrentes de presentes dos adversários, foi Neilton, que chegou a 11 na temporada. É o artilheiro do time em 2018, após um 2017 em que balançou a rede só sete vezes.
A classificação rendeu aos cofres rubro-negros mais R$ 1,8 milhão. Em prêmios no torneio, o clube já soma R$ 5,03 milhões. Caso avance às oitavas, fase na qual entram os representantes da Libertadores, além dos campeões do Nordestão (Bahia), Copa Verde e Série B, abocanha mais R$ 2,4 milhões. Para isso, terá de derrotar adversário que sairá de sorteio a ser realizado na próxima segunda-feira.
Antes, inicia a disputa da semifinal do Campeonato Baiano. No domingo, 18, às 16h, faz o jogo de ida, fora de casa, contra o Bahia de Feira.
Os presentes
Um primeiro tempo em que o Vitória encontrou bastante dificuldade para impor seu futebol de forma eficiente acabou resolvido num único lance, um verdadeiro presente de um ex-rubro-negro.
É preciso explicar bem o que aconteceu. Aos 19 minutos, o Bragantino teve uma falta para cobrar nas proximidades de sua área defensiva. O zagueiro Guilherme Mattis, que atuou pelo Leão entre 2015 e 2016, colocou a bola no chão para cobrar e chegou até a ameaçar um passe antes de rolar de calcanhar para o goleiro, bem fraquinho. Neilton aproveitou o surto de Mattis, chegou antes do arqueiro do Braga e marcou com a meta vazia. Gol validado, e contestado pelo defensor alvinegro.
Mattis alegou ter experiência suficiente na carreira para não dar uma bobeira daquela, e jurou que estava apenas oferecendo a bola para o goleiro Alex Alves cobrar a falta. “Não sou juvenil”, afirmou aos microfones da TV. E aí, colou?
Para mim, não. Mas, voltando ao resto dos fatos da etapa inicial, é necessário dizer que, até o momento do gol, o Vitória não havia criado sequer um lance perigoso. Tentava, exercia domínio territorial, mas esbarrava na forte marcação dos paulistas. Por sua vez, o Braga assustou em um contra-ataque aos 10 minutos. Léo Jaime foi lançado por Vitinho e ficou frente a frente com Fernando Miguel, mas o goleiro evitou a continuidade do lance ao entrar de sola. O árbitro marcou jogo perigoso e deu cartão amarelo para o camisa 1 do Leão. Na cobrança, a bola parou na barreira.
Após a abertura do marcador, o Rubro-Negro passou a ameaçar mais. Aos 34, em contra-ataque velocíssimo, Denilson tabelou com Neiton e chutou cruzado, para fora. Dez minutos depois, Neilton cobrou escanteio na cabeça de Pedro Botelho – que substituiu Bryan, machucado. O lateral exigiu grande defesa de Alex Alves.
A melhora da equipe de Vagner Mancini indicava que o segundo tempo começaria de forma diferente do que foi o início da primeira etapa. Porém, os fatos, incrivelmente, se repetiam. Vitória sem inspiração, sem criar, e Bragantino levando perigo nos contra-ataques – aos 11 minutos, Léo Jaime encobriu Fernando Miguel, mas Walisson Maia mandou para escanteio.
Faltavam novas falhas gritantes de jogadores do Bragantino para completar o espelho. E elas logo aconteceriam. Aos 18, após cruzamento, o goleiro Alex Alves soltou bola fácil e a sobra ficou com Denilson, que tocou para Neilton fazer mais um. Nove minutos depois, Luan mandou outra bola para a área, Denilson cabeceou e ao, tentar afastar, Guilherme Mattis vacilou novamente. Carimbou Neilton e a redonda morreu na rede, aumentando a conta para o Leão e seu artilheiro.
- Fonte Daniel Dórea e Luís Felipe Brito* / ATARDE
- Foto Atarde
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