
No intervalo da final, Dorival Júnior reclamou ao repórter Mauro Naves, da TV Globo: "A gente não jogou!". E continuou não jogando. O Palmeiras? Ah, esse jogou... E como jogou. Muito mais do que se imaginava, não por qualquer má vontade ou torcida contra, mas simplesmente porque há algum tempo não se apresentava bem. Sorte alviverde, guardou para a hora certa. A hora do título da Copa do Brasil. Hora de arrancar lágrimas dentro e fora de casa, no estádio e na rua.
As vitórias sobre o Santos, 2 a 1 no tempo normal e 4 a 3 nos pênaltis, se desenharam durante 90 minutos. Deveria até ter sido menos sofrida. A intensidade de marcação de um time e de outro. Os espaços cedidos. O instinto vencedor de cada palmeirense diante da postura blasé dos adversários. É verdade que o erro de Nilson, na Vila Belmiro, semana passada, foi letal, mas o Peixe teve 90 minutos de Nilson na arena.
Ganhar nos pênaltis, depois do troféu erguido, é genial. Mas para quem fez 2 a 0 a seis minutos do fim e perdeu um gol aos 10 segundos de jogos, soou cruel. Gabriel Jesus ficou cara a cara com Vanderlei, mas finalizou em cima do goleiro. Na saída de jogo, no lançamento injustificável que Arouca interceptou, no toque de primeira de Barrios e na arrancada do moleque, já se notou qual seria a voltagem dos anfitriões.
Por Alexandre LozettiSão Paulo (Foto: Marcos Ribolli)
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