A expectativa era de grande público no primeiro jogo em uma tarde de sábado na Fonte Nova nesta Série B. Mas a chuva atrapalhou, compareceram pouco mais de 9 mil pagantes, e o pior é que foi melhor assim.
O Bahia manteve seu nível baixo de atuações e, desta vez, lamentou a primeira derrota em casa na competição: 2 a 1 para o Londrina e time fora do G-4, na 5ª posição.
Durante e ao final do embate, boa parte da torcida pediu a saída do técnico Doriva. Agora, a equipe fará dois jogos seguidos como visitante, a começar pelo duelo com o Tupi, em Minas, na terça às 19h15. O zagueiro Lucas Fonseca, um dos mais criticados neste sábado, 18, está fora pelo terceiro amarelo.
Partes distintas
A etapa inicial na Fonte teve duas partes distintas. Uma delas durou menos - os primeiros 15 minutos -, mas foi mais legal, com o domínio de um Londrina disposto a surpreender com eficiente marcação por pressão, toque de bola e até lances de efeito.
Talvez a disposição para exibir esse jogo tenha surgido por conta do lance inaugural do duelo. Com 50 segundos de bola rolando, teve trama com toques de letra e de calcanhar antes de Zé Rafael aparecer na cara do gol e tocar com categoria para a rede.
Assustado, o Bahia demorou a reagir. Só assistia à supremacia paranaense e quase levou mais dois gols. Itamar parou na arrojada defesa de Marcelo Lomba, aos cinco minutos, e Jô errou em tentativa da entrada da área, aos 11.
Depois desse início interessante, mas incômodo para a torcida presente, começou a sessão do Tricolor dominante, esta insossa, digna de um time que, mesmo com um elenco muito superior ao de quase todos os rivais da competição, não se acerta.
O Esquadrão só tinha chegado em finalizações sem perigo de Hernane e do como sempre apagado Thiago Ribeiro até Régis - que, substituindo Renato Cajá, foi o mais ativo em campo - sofrer uma falta na entrada da área. Na cobrança, aos 26 minutos, Juninho espantou a zica das bolas na trave (são quatro na Série B e oito no ano) e acertou o ângulo. O gol, no entanto, não empolgou a equipe, que foi para o intervalo sem criar mais nenhuma chance.
O tempo complementar começou com uma nova versão do Londrina, que passou a explorar os contra-ataques. Léo e Jô chegaram perto de recolocar os visitantes na frente.
Por outro lado, se os visitantes adaptaram seu estilo à nova circustância da partida, o Bahia seguia na mesma. O técnico Doriva só fez substituições aos 15 minutos, mas as trocas foram de ordem técnica. Mudança tática apenas aos 30, e com direito a grito de "Burro!" vindo da arquibancada. Saiu o disposto Régis para a entrada do atacante Zé Roberto.
Faltavam 15 minutos, mais acréscimos, para Doriva provar que a alteração fazia sentido. Enquanto ele batia boa com um torcedor mais 'corneteiro', o time penava para ameaçar a meta defendida por Marcelo Rangel. As únicas iniciativas haviam sido em chute despretensioso de Luisinho e em tentativa de gol olímpico de Juninho, ambas defendidas pelo goleiro.
Doriva perdeu de vez a moral com a torcida aos 43, quando Itamar - o melhor do Londrina, mesmo gordinho e aos 36 anos - driblou Lucas Fonseca e tocou para Jô completar. A tarde melancólica terminou com vaias sem tamanho e grito de "Adeus, Doriva!" na Fonte.
Bahia 1x2 Londrina - 10ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B
Local: Arena Fonte Nova, em Salvador (BA)Quando: sábado, 18, às 6h
Gols: Zé Rafael, a 1, e Juninho, aos 26 minutos do 1º tempo; Jô, aos 43 minutos do 2º tempo
Público: 9.635 pagantes
Renda: R$ 152.853,50
Árbitro: Leandro Bizzio Marinho
Assistentes: Herman Brumel Vani e Bruno Salgado Rizo (trio de SP)
Cartões amarelos: Juninho, Lucas Fonseca, Tinga, Paulo Roberto, Jackson e Thiago Ribeiro (Bahia); Itamar, Júlio Pacato e Matheus (Londrina)
Bahia - Marcelo Lomba, Hayner, Lucas Fonseca, Jackson e João Paulo (Moisés); Paulo Roberto, Juninho, Danilo Pires e Régis (Zé Roberto); Thiago Ribeiro (Luisinho) e Hernane. Técnico: Doriva.
Londrina - Marcelo Rangel, Igor Bosel, Matheus (Anderson), Luizão e Léo; Germano, Rafael Gava, Jô e Rondinelly (Bidia); Zé Rafael (J. Pacato) e Itamar. Técnico: Claudio Tencati.
Foto Margarida Neide | Ag. A TARDE
Fonte Daniel Dórea / ATARDE
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