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quinta-feira, 14 de junho de 2018

Rússia 5x0 Arábia Saudita: imposição física e de Ritmo


  

A improvável goleada russa, placar mais elástico na história da abertura das Copas, pode ser definida por uma palavra: imposição. Do início ao fim, os russos mandaram na partida controlando não apenas a si mesmos, mas o adversário, uma impotente Arábia Saudita que em nada se pareceu com o time que conseguiu a classificação para a Copa. A goleada, aberta em cobrança de escanteio, foi construída sem força.
 
Stanislav Cherchesov abandonou a ideia de jogar com 5 zagueiros e a Rússia montou um 4-2-3-1, testado nos jogos anteriores à Copa. Com Zhirkov e Mário Fernandes nas laterais, a ideia do técnico era concentrar Golovin, Dzagoev e Samedov, o trio mais técnico do time, perto da linha de defesa da Arábia, que veio a campo no tradicional 4-1-4-1 que o técnico Juan Antonio Pizzi adota.
O scout da FIFA nos diz que a Rússia teve apenas 40% de posse de bola e completou quase metade de passes que seu rival: 240, contra 442. Um absurdo, contra um time tecnicamente inferior? Não. O jogo é fluído. Seus aspectos - táticos, físicos e emocionais - se conversam entre si como um organismo. A Rússia sabia que usar de seu físico seria um caminho mais confiável para a vitória. E que a fraqueza da Arábia estava em ter pouca criatividade ao ter a posse de bola e demorar a chegar ao gol.
 
O jogo se torna um confronto de quem tem e quem não tem a bola. Quem tem a bola, ataca. Quem não tem, defende. Por hoje, a lógica foi invertida. A Rússia atacou especialmente nos momentos onde não tinha a posse de bola e pressionava, com bastante intensidade, o saudita que tentava jogar. O mecanismo tem razão de ser. Quem joga precisa abrir o campo, pensar em como desorganizar o adversário. Jogadores avançam metros acima, ficam perto da área, tentam se movimentar.
Aproveitar das possíveis fraquezas quando um adversário está se concentrando na dura missão de enfrentar uma defesa é o que a Rússia fez durante todo o jogo. O futebol reativo, que já foi explicado aqui, sempre foi a lógica dos times menos talentosos ao enfrentar poderosos. A Rússia é inegavelmente mais talentosa que a Arábia, mas entendeu que produzia mais vantagens para si usando de seu poder físico ao recuperar a posse de bola e correr nos espaços vazios. Assim saíram dois dos cinco gols. Outros dois saíram de bolas paradas, onde novamente a valência física entra em campo para ditar.

Foto: André Durão
Por Leonardo Miranda / G1

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