Valia o
bicampeonato do Nordeste. Mas, após uma fraca atuação da equipe diante de
45.378 pagantes na Arena Fonte Nova, o torcedor tricolor acabou sendo bi na
tristeza. Na sexta-feira, foi a Seleção Brasileira. Neste sábado, 7, o Bahia.
O Esquadrão,
que não perdia uma decisão para um time em patamar inferior no cenário nacional
desde 1963 – quando caiu na final do Baianão contra o Fluminense de Feira –
ficou no 0 a 0 com o Sampaio Corrêa, atual 15º colocado na Série B do
Brasileiro. Como havia vencido na ida por 1 a 0, o Tubarão faturou o título do
Nordestão, inédito para o futebol maranhense.
O Tricolor
de Aço, que buscava sua quarta conquista na história para igualar o arquirrival
Vitória como maior vencedor, volta, derrotado, suas atenções para as
competições nacionais. Na segunda-feira, 16, faz, no Rio, o jogo de volta com o
Vasco pelas oitavas da Copa do Brasil, após vencer a primeira partida por 3 a
0. Três dias depois, atua pela Série A do Brasileiro, fora de casa, contra a
Chapecoense.
Marcha lenta
Apesar do
apoio maciço do torcedor, o Bahia não pareceu ter se empolgado muito e iniciou
o jogo em marcha lenta. Na verdade, começou de forma imprudente. No primeiro
lance da partida, Gregore fez falta e já levou cartão. Na cobrança, aos dois
minutos, Fernando Sobral mandou de longe e Anderson espalmou. William Oliveira
ficou perto de marcar no rebote.
Foi o único
lance de perigo dos maranhenses nos 45 minutos iniciais, o que não significa
que o Esquadrão dominou o jogo de maneira veemente. Aos cinco, quase fez em
falha do bom goleiro Andrey, que saiu mal, mas acabou sendo carimbado pela
cabeçada de Elton. Aos 10, Elber foi ao fundo, porém, errou na hora de deixar
Zé Rafael numa boa para balançar a rede.
Apesar
dessas duas chegadas, o Bahia encontrava dificuldades para criar contra um time
que havia levado só um gol nos sete jogos anteriores pela Copa do Nordeste. E,
em dois dos seus lances mais promissores, esbarrou em marcações duvidosas de
impedimento do lateral esquerdo Léo.
O mesmo Léo
que, após um longo hiato de ataques tricolores, arriscou de fora para defesa
segura de Andrey, aos 36. No minuto seguinte, Gregore mandou para a área de
cabeça e Zé Rafael ficou cara a cara com o goleiro. No entanto, parou nele ao
tentar toque por cobertura. Só a partir dessas jogadas o Bahia passou a
pressionar de fato o adversário.
Aos 41,
Régis chutou por cima em cobrança de falta próxima à risca da área. E, já nos
acréscimos, após arremesso lateral direcionado à marca do pênalti, Zé Rafael
testou com bastante perigo.
O Bahia
poderia ter transportado a intensidade dos minutos finais do primeiro tempo
para a etapa complementar. Mas não foi o que ocorreu, e o time voltou a ficar
sonolento. Sem criatividade, lamentando a atuação insossa do armador Régis,
ameaçava apenas, e levemente, em chutes de fora de Zé Rafael.
E o
desespero só aumentava. Aos 30 minutos, o time só tinha Elton como volante –
Gregore havia sido deslocado para a lateral direita com a saída de Flávio – e o
técnico Enderson Moreira já tinha colocado em campo os ofensivos Vinicius,
Allione e Júnior Brumado.
Não surtiu
nenhum efeito e o Tricolor conseguiu, numa final de campeonato contra o Sampaio
Corrêa com mais de 45 mil torcedores na arquibancada, não levar perigo ao gol
adversário até o final do tempo regulamentar. Só nos acréscimos, com
superioridade numérica após a expulsão de Uilliam, arrancou suspiros. Mas Tiago
parou em Andrey duas vezes. E Brumado acabou travado pelo zagueiro, embaixo do
gol, no apagar das luzes.
Incrível! E
também uma vergonha, ‘homenageada’ por uma estrondosa vaia ao apito final do
árbitro.
Por Daniel Dórea
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